quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Praticar corrida pode prejudicar o tornozelo e o joelho, ou isso é mito?

O joelho contém estruturas como os meniscos, o líquido sinovial e a cartilagem, que o protegem durante uma atividade física de impacto como a corrida ou a caminhada, por exemplo. Mas a corrida praticada em demasia, sem acompanhamento ou condicionamento prévio, pode ser prejudicial, assim como uma lesão preexistente pode ser agravada, levando a uma lesão mais séria. Durante a caminhada ou trote, o joelho recebe uma carga entre quatro a seis vezes a do peso corporal e, com a obesidade, os problemas podem se agravar, pois a cada quilo acima do peso ideal as chances de ter uma artrose podem ser de até 32%. Já o tornozelo é uma estrutura perfeita, um amortecedor perfeito para receber todo o impacto durante uma corrida, mas é necessário uma avaliação prévia, pois uma alteração na postura do tornozelo ou do pé, como o pé plano (pé chato), pé cavo ou pés tortos pode ocasionar uma lesão da cartilagem ou processos inflamatórios, como a fasceíte ou esporão. Contudo, a atividade física deve ser sempre praticada em qualquer faixa etária e por qualquer pessoa. Seja corrida, caminhada ou academia praticada de três a quatro vezes por semana, de 30 a 60 minutos, é o recomendado para a manutenção do corpo saudável. Então, seguindo as orientações, e fazendo uma avaliação prévia com um especialista, esta atividade se tornará a melhor maneira de ter uma melhor qualidade de vida e bem-estar. Rodolfo Parreira, fisioterapeuta

ARTRITE - É possível amenizar os sintomas da artrite com fisioterapia?

Sim, é possível. A artrite é um processo inflamatório agudo na articulação sinovial. Em longo prazo, pode provocar uma degeneração da cartilagem, tecido que recobre e protege os ossos das articulações. A fisioterapia atua minimizando a dor e a inflamação, e melhorando o movimento da articulação do membro afetado, os sinais e os sintomas decorrentes da artrite. Como o movimento fica dificultado, utilizamos recursos como a termoterapia (uso do calor como o calor úmido, o ultra-som terapêutico), a eletroterapia, que é o uso de correntes elétricas como forma de analgesia, e assim temos o TENS, a corrente galvânica e microcorrentes, a cinesioterapia, que é o uso do movimento para alcançar um efeito terapêutico, aliviando também a dor e a inflamação; e também a hidroterapia, que é realizada na piscina com temperatura controlada entre 32 graus Celsius, proporcionando o relaxamento dos músculos e aliviando a dor e a inflamação. O tempo do tratamento é variável, dependendo da causa que levou a essa inflamação, que pode ser de origem traumática, reumatológica ou nutricional. A forma reumatológica é a que pode ser mais demorada, pois há alterações hormonais que devem ser controladas sob orientação médica. Na forma traumática temos as pancadas ou entorses, que, dependendo da gravidade, pode ser um tratamento de uma a duas semanas ou com duração de até um mês. E no caso nutricional temos o tipo mais comum, a gota, que deve ter um controle alimentar, pois o tratamento pode ser longo. Rodolfo Parreira, fisioterapeuta